30 de outubro de 2012

Sobre amor e suas deficiências.


 
"Ele é tão lindo, tão forte, tão popular! Não é muito romântico e quase nunca diz que me ama, mas já te contei qual a marca do carro dele?"

Nunca entendi a preocupação e principalmente a necessidade humana de observar, julgar e valorizar apenas tudo que pode ser visto por fora. A falta de interesse no conteúdo, mas excessivo na capa do livro, sempre me pareceu, ser o caminho mais fácil pra grande parte das pessoas que eu conheci e conheço.

O velho ditado de que "o amor é cego" nunca foi levado ao pé da letra, e quando levado, constantemente era e ainda é julgado, por aqueles que provavelmente se consideram os sinônimos da palavra: perfeição.

Sempre achei mais bonito lidar com o que se conhece o que se ouve, com o que se faz sentir. É óbvio e seria hiporcrisia afirmar, que o que se vê de fora, é completamente dispensável, pois não é. Para chegar até uma porta, é preciso algum tipo de interesse no corredor, que seja por seus belos quadros ou até mesmo pela curiosidade do que ele pode lhe oferecer.

Acho interessante lidar com surpresas, e superações de expectativas. Nada pode ser melhor do que se surpreender positivamente, com algo que você nem poderia imaginar. Assim como é dolorosa e asquerosa, a decepção de perceber que nem tudo que reluz é ouro e tem verdadeiro valor.

Falta coragem para as pessoas ignorarem todas as vaidades e futilidades que surgem em suas vidas. Falta coragem para fechar os olhos e se entregar muito mais à uma simples e maravilhosa brisa em meio à um campo vazio, do que se preocupar em ver (e não enxergar realmente) tantos outros adornos mundanos e superficiais.

Sou à favor do amor cego, sem expectativas, sem completa importância ao exterior. Sem vaidade, sem "status" e sem competições.

Amor cego vale mais muito mais do que um amor surdo, do que um amor mudo. Porque amores mudos e surdos, não sabem e não podem dizer, não sabem e não podem ouvir, se perdem, se diminuem, entedia.

Amor cego, não vê os valores das coisas. Amor cego no completo sentido da palava, enxerga os valores das pessoas. Um com os olhos e o outro com o coração, respectivamente.

Moral da história: "Nunca devemos julgar as pessoas que amamos. O amor que não é cego, não é amor."

10 de outubro de 2012

Acídia Humana.



Significado de acídia no Dicionário inFormal online de Português. O que é acídia: preguiça, um dos sete pecados capitais.

Se você não é membro deste grupo, não se preocupe. Um dia, será.

Denominei como Acídia Humana o ato de ter preguiça das pessoas, o que ultimamente, é a única opção que resta pra uns tipos e outros.
Já tive pena, já tentei entender, mas hoje em dia, bocejo pra aquele tipo de pessoa infeliz, frustrada e em todos os sentidos da palavra: chata.

Sabe aquele colega ou familiar que não suporta ver os outros felizes, que não possui humor pra nada e só sabe criticar? Me dão vontade de dormir.
Com tantas coisas para se preocupar, tantos problemas pra resolver, ou melhor, com tantas coisas pra comemorar, e tantos momentos bons pra recordar, nada mais justo do que uma inércia absoluta de perder tempo e paciência com gente que é destinada a ser infeliz.

A questão é que nós temos duas opções de lidar com esse tipo de pessoas: deixar que elas estraguem nossos dias (ou nossas vidas) assim como as delas são, ou ignorar a existência (e a chatice) poupando fios de cabelos brancos, rugas, e principalmente tempo!


Chatos a parte, não podemos esquecer daqueles pobres de espírito, aquelas pessoas que contam vantagem com pequenas besteiras ou até mesmo mentiras e se julgam superiores e o máximo por isso. Pessoas que só conseguem se impor, diminuindo alguém. Pra lidar com esse tipo, preciso deitar numa rede e contar carneirinhos. 

Bocejos guardados pra quem ama todo mundo, toda hora, e pra quem "desama" no minuto seguinte. Pra quem odeia sem conhecer, pra quem odeia conhecendo e finge que não. Bocejos pra quem finge que ama, mas esfaqueia por trás.

Preguiça de gente sem criatividade, de gente que copia, de gente que não tem personalidade, que não consegue se assumir, se aceitar e precisa viver à sombra e principalmente no brilho dos outros.


Inércia total para todos aqueles que não suportam um relacionamento feliz e querem estragar. De mulher oferecida e homem canalha.

Tem também aqueles que se dizem amigos, mas não conseguem apoiar uma respiração que você dá. Aqueles que se dizem amigos, e no fundo, só querem te ver cair. Se dizem amigos, mas se fossem inimigos, não seriam tão ruins. ZzZzZzZZZZZZzzzzz.
Preguiça de todo mundo!

A má notícia é que vamos continuar convivendo com essas (e pior: outras pessoas) desse caráter. Infelizmente, elas continuarão tentando espalhar sua negatividade pelo ar, e sua soberba pelos lados. A boa notícia é que no nosso caso, basta uma espreguiçada, uma bocejada, uma lembrança do quanto a nossa vida é boa e pronto, problema resolvido.

Moral da história:
"
Preguiça, o hábito que se contraiu de descansar antes da fadiga."


14 de setembro de 2012

Nada menos que o melhor.




Nunca tive vocação pra sofrer por amor. Talvez seja porque até então, nunca havia amado ninguém. Sempre me impressionei com a capacidade que as pessoas tinham em se entregar à um sofrimento sem fim, por alguém que provavelmente não estava nem um pouco se importando com elas e suas lágrimas.

Nunca entendi o fato das pessoas chorarem quando outras não as queriam e tampouco quando deixavam de querer, sem nenhum motivo cabível aparente. Não sei se isso se tratava de orgulho ou de amor próprio, não sei se era porque eu nunca tinha realmente sentido o peso do tal amor ou se realmente não valia a pena, não sei. O que eu sei é que essa visão não dependente do amor me permitiu ter uma visão mais realista e talvez mais correta das coisas. Eu sempre soube que só valeria à pena me entregar e realmente viver esse sentimento, quando ele fosse absolutamente recíproco, eu sempre soube que chorar, sofrer e até mesmo, me permitir amar, alguém que fazia pouco caso da minha existência ou não me valorizasse o suficiente, era absurdo, loucura e algo que eu jamais faria.

Nunca me importei de ser "sozinha". Eu nasci sozinha, cresci sem irmãos, nunca dependi de amizades para fazer nada e muito menos para ser. Então por quê dependeria de um outro alguém que não correspondesse essa tal dependência? Me sentir mal ou menos que alguém por ir sozinha ao shopping, ser a única amiga solteira do grupo, nunca fez parte do meu emocional, porque acima de qualquer opinião, eu sempre soube que não merecia nada menos que o melhor.

Às vezes encontramos durante nosso caminho algumas pessoas e inevitávelmente criamos (mesmo que pequenas) algumas expectativas, algumas dúvidas, nos questionamos diariamente: "Será?" e boa parte das vezes, a resposta é negativa, e você descobre que não, que aquele não é o momento. Logo a vida te dá algumas opções: sofrer, lamentar, chorar, ou te permite erguer a cabeça e saber que na hora certas, as coisas certas acontecerão e num piscar de olhos vai chegar alguém que te aceite, que se interesse por sua profissão, que dê atenção quando você comentar sobre seu seriado favorito, que mesmo que não entenda, opine sobre qual blusa é mais bonita. Alguém que exalte suas qualidades e aceite seus defeitos, alguém que seja seu fã número 1, que acredite em você, nas suas escolhas, na suas atitudes e no seu potencial. Alguém que vai à aquele show que talvez ele não goste muito, só porquê você tá extremamente à fim e ele quer te acompanhar. Alguém que te empreste o casaco, que deixe o último pedaço de pizza, o último copo de refrigerante. Alguém que respeite suas decisões, que te mostre seus defeitos, que te ensine à ser melhor, que te aceite, acima de tudo. Alguém que você possa discutir futebol, ou reclamar sobre o final da novela. Alguém de verdade, alguém que realmente valha à pena. Alguém por quem você possa sem medo e sem orgulho, voltar atrás depois de uma briga. Alguém que te queira da mesma forma, na mesma intensidade e principalmente, que esteja disposto à te provar o significado da palavra “felicidade” todos os dias, porque você não merece nada menos que isso: ser feliz.


Moral da história: "Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você."

27 de agosto de 2012

Sobre crescer e suas dificuldades.




Eu nasci e fui criada numa bolha de vidro. Isso foi uma das melhores coisas que meus pais poderiam me proporcionar. Viver sob total proteção, podendo andar livremente de bicleta sem rodinha, sabendo que se me desiquilibrasse, eles estariam cada um de um lado pra me segurar, me transmitiu uma imagem doce e fácil do mundo. Eis que chegou a prática, eis que começaram a surgir os dias em que eu tive que lidar com o mundo fora dessa bolha, e não sabia que estava fora dela. Vieram algumas pancadas, e banhos de águas frias os quais os vidros não puderam me proteger e eu finalmente percebi: o mundo não enxergava aquela bolha, só eles, e eu.

Crescer parece ser uma etapa natural da vida de um ser humano, o que de fato é, a não ser quando se existe uma resistência para tal fato. É difícil (embora alguns deles não assumam) para alguns pais, lidar com seus filhos dando seus próprios passos, formando suas novas vidas, mesmo que sejam passos positivos e proporcionem alegria.

Entender que com o passar do tempo, a dependência dos seus eternos pequenos, diminui, é um momento que fica preso na garganta de muitos pais. Entender que alguns caminhos da vida só tem espaço para apenas 1 pessoa caminhar, necessita de uma extrema e extraordinária coragem por parte das outras 2 pessoas envolvidas.
Enganam-se eles, se pensam que gostamos disso. Não, não gostamos. Eu particularmente não gosto.

Crescer dói.


Dói não pela questão de quantas vezes se sopra num bolo, não porque os ossos estão esticando, não, não se trata disso. Crescer dói, porque não vem com a idade, o crescer vem com a vida. Afinal, já vi crianças de 40 e poucos anos que sequer conseguem se desculpar por um erro e adultos de 15 que conseguem pensar antes de falar.

Crescer dói, principalmente pra quem sente a dor dos outros, e principalmente quando esses outros se tratam das pessoas que mais amamos no mundo: nossos pais. Dói, porque assim como é difícil pra eles aceitarem que teremos que dar nossos próprios passos sozinhos, pra nós é muito mais, pois esses passos serão nossos, e qualquer pisada em falso, pode ser fatal.

O procedimento de crescer é semelhante ao sofrimento do amor: dói, mas depois que passa, faz um bem danado.
O que se pode entender, é que é preciso confiança. Confiança no que foi construído, no que foi ensinado, confiança no caráter que se desenvolveu.

Crescer não se trata apenas de fazer aniversário de 15, 18, 50 ou 100 anos. Crescer é um ato que se faz todos os dias, nos grandes, mas principalmente e essencialmente nos pequenos gestos, porque estes sim, mostram quem somos nós.


Moral da História: Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma.

20 de agosto de 2012

O que te faz feliz?


Acordar sem o despertador, colocar leite no copo e encontrar a lata de Toddy quase vazia, mas descobrir que aquela quantidade é o suficiente, abrir o pote de sorvete e encontrar sorvete e não feijão congelado, encontrar dinheiro no bolso da calça, achar alguma foto de algum momento especial que você não conseguiu registrar na câmera de alguém, estar vestida de qualquer jeito, e com o pior humor do mundo e alguém te chamar de linda na rua, chegar na padaria e descobrir que o pão acabou de sair do forno, alguém colocar créditos no seu celular por engano, receber uma mensagem de alguém que você nem esperava que tivesse ou lembrasse do seu número, descobrir que sua mãe fez sua comida favorita pro almoço, receber sua prova e ver que não foi tão mal quanto pensava, estar desesperada pra terminar alguma tafera e descobrir que você marcou a data errada, que ela ainda é pra semana seguinte, saber no Domingo à noite que no outro dia você terá um compromisso com sua mãe e não vai poder ir a aula, ligar o rádio e no mesmo minuto começar sua canção favorita, conseguir ficar num ótimo lugar no show do seu ídolo, pensar numa roupa pra uma ocasião e ela dar certo, ganhar abraços espontâneos e ouvir “Eu te amo” sem nenhum motivo especial, ganhar uma festa surpresa no seu aniversário, contar uma piada idiota e mesmo assim as pessoas rirem bastante, descobrir que sua melhor amiga está tão triste quanto você por terem brigado, entender uma matéria que parecia impossível, descobrir coisas em comum com a pessoa especial, saber que alguém que você tem pouco contato nunca esquece de você, saber que alguém também lembra daquela tal situação pequena e boba que marcou muito pra você, encontrar uma música que pareça que foi feita pra você ou pro momento que você está vivendo, ganhar um sorriso de alguma criança desconhecida na rua, chegar em casa de mau humor e mesmo assim ver aquele bichinho peludo vir correndo te lamber e fazer festa por sua chegada, ficar sozinha em casa, ligar o som alto, dançar na frente do espelho, comer porcarias o dia inteiro, demorar muito no banho, dormir no sofá e acordar na sua cama, sonhar com as coisas que você queria que acontecesse e mais um milhão de coisas tão simples, mas que são as que realmente te fazem feliz e muitas vezes você nem sabe.

9 de agosto de 2012

Doutor, uma dose de desapego, por favor.



Gostaria de começar esse post dizendo que sou à favor da venda de Desapego em cápsulas. Sim, é verdade! Simplesmente porque existem pessoas que só ingerindo esse remédio (ou nem assim) serão capazes de desapegar das coisas e pessoas desnecessárias que cercam suas vidas. É de deixar impressionado, como alguns tipos de pessoas não cansam de bater na mesma ferida e parecem gostar da dor que ela causa e eu me pergunto: por quê?

À exemplo disso, o velho dilema de pessoas que não aceitam o fim de um relacionamento e nesse processo de "não-aceitação" cometem as atitudes mais idiotas e mais absurdas. Seguir o/a ex namorado/a, ligar compulsivamente o dia inteiro, stalkear as redes sociais, adicionar o primo do tio do amigo do pai que aparentemente está á fim dele/a. Ou então quando decidem fazer pior: decidem atrapalhar o novo relacionamento que o parceiro se meteu. Cenas de choro, ofensas nas redes sociais, tentativas frustradas de reaproximação, ameaças e chantagens estão na lista de atitudes que geralmente são cometidas por tais.

Agora me expliquem: qual o fundamento de tudo isso? Qual o sentido de continuar sofrendo e implorando pelo amor de alguém que não te quer mais presente? Qual a dificuldade de aceitar que nem tudo é conto de fadas e que esse não era o seu momento? Ok, não sou uma carrasca e acredito que realmente seja complicado de aceitar e conviver com a sensação de perda, mas esse martírio não pode durar o resto da vida.

A palavra do momento é "desapego" sobre o amor, sobre se apaixonar e sobre ter alguém do seu lado, mas acredito que ela precisa de um "novo significado".

Você não tem que se desapegar do que pode te fazer feliz, por medo. Você tem é que se desapegar do que já te faz mal, por amor e respeito à si mesmo.


O grande problema das pessoas que costumam causar mal umas às outras, é que além disso, elas geralmente impedem outras que precisam e querem causar o bem e isso, embora não faça parte do auto-controle de quem sofre, é de um egoísmo sem tamanho.

Portanto, desapegue, desapegue sim! Mas desapegue do que te faz mal, do que te não te acrescenta, do que te diminui, do que te sufoca. E deixa o que te faz feliz, chegar e revestir.

Moral da história: "Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz e não volto!"

3 de julho de 2012

Amizade: O Casamento sem Sexo.


Todo mundo já teve ou tem aquele ou aquela amigo (a) inseparável, que divide todos os momentos com você, que sabe seus maiores segredos, que conhece seus piores medos e seus melhores sonhos. Aquela companhia fiel do jantar de quinta-feira à noite ou do cinema no domingo à tarde. Aquela pessoa que já te viu chorar e secou todas suas lágrimas (ou até mesmo chorou junto) e que quando se tratar de te fazer rir, faz sua barriga doer. Amizade nada mais é que um casamento sem sexo, sem filhos ou contas pra pagar. O problema é quando esse casamento começa a ter suas crises, assim como todos os outros, com a diferença de que nos outros, as pessoas se comprometem a serem apenas umas das outras, enquanto na amizade, você está sujeito a não ser necessariamente chamado pra ir ver aquele filme que estreou semana passada, porque seu fiel companheiro, convidou outra amizade. Nessa hora é que a coisa começa a ficar séria.

Todo mundo já deve ter passado por essa situação, que querendo ou não, muitas vezes causa um desconforto (tanto para o que convida outra pessoa, quanto pra quem não é convidado) e para os ciumentos de plantão, acaba sendo o início da Terceira Guerra Mundial. Imagina que todos os finais de semana, você e sua melhor amiga fazem algum programa legal juntas (mesmo que seja ver um filme em casa) e aí um belo dia, aquela amiga da faculdade dela que você não conhece, decide dar uma festa! Pra muitos é uma situação normal e completamente compreensível, mas há quem se chateie e se sinta trocado pelo "novo amiguinho" do outro e pronto! Isso já vira motivo de intriguinhas, briguinhas e até alguns dias sem se falar. Também tem o caso do amigo, que sempre está do seu lado em todos os momentos, e quando começa a namorar, começa a deixar as brincadeiras que vocês tinham, de canto, evita ser tão carinhoso quanto antes, e o pior diminui a frequência de visitas na sua casa, porque não quer que a namorada dele sinta ciúmes e nos casos mais ridículos: porque ela não gosta de você. São diversos exemplos a serem citados, mas o que realmente é preciso entender, é que a amizade consiste na cumplicidade, confiança, carinho e principalmente compreensão. E que ninguém tem obrigação de ser amigo ou nada de ninguém, que se uma pessoa gosta de você e da sua amizade de verdade, ela pode ter 458 colegas, mas é só você que ela vai chamar de amigo. Que as vezes, as pessoas tem outros compromissos e outras pessoas para as quais elas precisam dar atenção e passar alguns momentos e que nem em todos você pode estar presente, mas isso não significa que você não seja importante. Afinal, dos 365 dias do ano, se ela passa uns 350 com você, realmente você vai reclamar desses outros 15? Então, lembre-se que amizade também, trata-se de respeitar um ao outro, não apenas as opiniões ou gostos, mas também o espaço. E que quando é de verdade, pode chover, nevar, pode passar semanas sem se ver devido as responsabilidades, pode passar a conviver com outros 74651 colegas e até mesmo considerar alguns deles como amigos, o carinho, a confiança, a preocupação e lealdade permanecem intactas.


Moral da história: Na alegria e na tristeza, na riqueza e na probreza, na saúde e na doença e até que a morte (ou o ciúme) nos separe.

26 de junho de 2012

Feio é o seu preconceito.

"Mulher falando palavrão é feio!"
"Credo, você gosta de futebol?!"
"Você é louca? Quer seguir carreira policial?"
"Tatuagem é coisa de homem!"
"Filha, pipa e videogame são coisas de menino, viu?"

Algumas de vocês devem ter ouvido essa frase alguma vez na vida. Outros de vocês já devem ter dito essa frase pra alguém do sexo feminino (pelo menos 4 vezes na vida) e eu, venho por meio desta, vos lhe informar que essas frases são mais bregas que top verde com minissaia rosa e mais antiquadas que o vinho da santa ceia!
É meus caros, sabe aquela velha história de que "mulher é o sexo frágil"?
Pois bem, ela é tão velha, que já morreu e apesar da grande parte da sociedade não ter percebido, os tempos mudaram. Primeiramente porque mulher nunca foi o verdadeiro sexo frágil da história: cólicas, sangrar todo mês, ter que trabalhar o dia inteiro de salto alto, enfrentar o preconceito no trânsito, dor de parto, dor de cotovelo, dor de amor, TPM, problemas com a balança entre diversas outras neuras, já teriam enlouquecido e já teriam levado qualquer homem ao suicídio! Porque vamos e venhamos, alguns deles parecem estar à um passo da morte, quando na verdade, estão apenas resfriados. E mais do que isso, assim como a teoria do evolucionismo, nos ensinou que o homem veio do macaco, eu acredito que essa teoria não parou por aí. Existe um novo evolucionismo, só que dessa vez, o feminino. Aquele que permite que a mulher finalmente possa sair da sombra do homem e possa ser auto-suficiente, situação que já existe há muito tempo, só que poucos se deram conta. Se lembram de quando os pais decidiam com quem suas filhas iriam casar? Se lembram quando as mulheres não eram aceitas em diversos mercados de trabalho? Se lembram quando a mulher precisava se casar e ter um marido, para poder ser mãe? Não?! Pois bem. Essa realidade já não faz mais parte do nosso presente e a tendência é que ela mude cada vez mais. Hoje, mulheres casam quando querem (ou quando encontram um homem para tal, o que é difícil) tem filhos de produções independentes, moram sozinhas, se sustentam, e se assumem, mas ainda de uma forma um pouco convencional. Mulher na profissão de secretária é bem vista, mas por quê na de policial militar, não? Mulher que passa o domingo na cozinha, é a filha perfeita, mas por quê a que passa a tarde vendo o jogo na televisão, não? Mulher que tem um trabalho bom, é a esposa perfeita, mas por quê a que ganha mais que o marido, não? Tudo isso é uma grandississima e vergonhosa bobagem. Até onde eu saiba, em lugar nenhum está escrito que mulher pode ou não fazer alguma coisa, pelo contrário, o que mais vemos em todos os cantos é a luta contra o preconceito, seja ele do tipo que for. O problema é que por mais liberal que essa grande bola azul esteja, as coisas realmente importantes e que deveriam ser valorizadas, ainda tem uma resistência um pouco forte pra serem aceitas. Ainda é muito dificil pros nossos avós e parentes mais antigos, compreenderem que determinadas linhas de diferenças já foram ultrapassadas e que não existe mais "coisa de homem" ou "coisa de mulher", é difícil compreender o espaço e a liberdade que ambos conquistaram. O que existe agora é um grupo só, o grupo do "coisas de mentes abertas" onde mulheres podem trabalhar, homens podem cozinhar, mulheres podem ir ao estádio, homens podem ir às compras e ambos podem ter uma vida realizada e completa, sem precisar provar nada pra ninguém, apenas provando à si mesmos, o que podem e do que são capazes.

Moral da história:
“Não preciso de opiniões furadas sobre a minha vida, meu trabalho, meus amores, minha forma de conduzir as coisas. Eu tenho o meu jeito que, errado ou certo, é muito meu.”

18 de junho de 2012

Operação Babá.



Se tem uma coisa que me tira a paciência é homem com mania de mulherzinha!
E não estou falando daqueles que se vestem como mulher e são completamente escandalosos não, mesmo porque esses aí, mesmo com uma opção diferente, sabem ser extremamente corajosos e muito mais decididos. Eu falo daqueles menininhos de 20 poucos anos que parecem que ficaram presos ao passado e agem como se ainda tivessem 12! Esses me irritam! Pode parecer meio feminista, mas nada pode ser pior do que um homem que não sabe o que quer da vida e por culpa disso acaba prejudicando a vida alheia! Não que homens não possam ter dúvidas e também não possam se sentir perdidos de vez em quando, claro que não! Porém, sabemos bem a diferença entre o cara que se perdeu no meio caminho e do que procura todos os meios de ir pro caminho da perdição.

Então você pensa: "Poxa, ele gosta de mim, mas ele ainda não se sente preparado pra nada sério!" Coloca uma coisa na sua cabeça: Quando um homem quer, pode chover canivete, o planeta pode ser abduzido por extraterrestres e o Michael Jackson pode ressucitar dançando Thriller: ele vai te assumir. Não existe isso de "querer curtir" ou "não estar preparado". Quem realmente gosta, não vai querer perder e por mais que não saiba se vai ganhar o jogo, mesmo assim, dá a cara pra bater e entra em campo! Se ele não quer entrar num relacionamento e não quer te assumir, então significa que ele tem medo de te perder pra outro, o que consequentemente significa que ele não gosta tanto de você, e eu te pergunto: Vale a pena correr atrás de um menino desses? Não. Não vale, simplesmente porque nós, mulheres, temos a incrível capacidade de sermos completamente insuportáveis de vez em quando, mas de sermos maravilhosas sempre (com excessão de alguns erros da natureza..) e como uma característica natural, quando realmente nos apaixonamos, nos entregamos e buscamos ser a melhor pessoa que nós podemos, pra eles. Se lembra quando você era criança e sua mãe dizia que você só ganharia um presente se se comportasse bem durante o ano? Essa tática permanece e reforça: Se você quer ter o melhor, seja a melhor (e vice-versa).

De vez em quando, aparece um outro problema, que esse sinceramente deveria ser estudado pelos principais cientistas americanos: quando eles definitivamente e assumidamente decidem agir feito idiotas. Definitivamente, somado ao não saber o que quer da vida, essa deve estar entre as piores coisas do mundo. Quando você não é dele, mas ele se acha no direito de sentir ciúmes de você. Quando ele começa a fazer piadinhas e encarna o Cebolinha, achando que você é a Mônica. Quando ele decide colocar defeito em tudo que você fala/faz/veste/come/pensa (se bobiar, acha defeito até na forma que você respira) e o pior de tudo, quando ele diz a célebre frase: "Nossa, vai arrumar um namorado e para de ser chata!" Primeiro que ele te define como chata, mas não percebe que o idiota e infantil da história é ele, segundo que ele não percebe que a única pessoa que tem problemas com relacionamento, é ele também. Mas o melhor dessa frase, é quando ele diz isso, provavelmente esperando que você dê algum tipo de indireta que esse "namorado" poderia ser ele, quando na verdade, ele é a última pessoa que você pretende se relacionar nesse mundo.

Infelizmente, existem vários tipos de "meninos de 20 e poucos anos" perdidos por aí e preciso te avisar que as chances de você conviver com mais de um, é tão grande, quanto as atitudes idiotas que eles tem, mas antes de se descabelar e decepar a cabeça de algum deles, respire fundo e ignore. Já estamos cansadas de saber o quanto crianças gostam de chamar atenção dos pais, para conseguirem o que querem, e com eles não é diferente. Então nada de Operação Babá com ninguém. Afinal, a vida se encarrega de ensinar todas as lições que cada pessoa precisa aprender. E coloca outra coisa na sua cabeça (caso você realmente goste dele): se tiver que ser, vai ser! Se as coisas tiverem que dar certo, um belo dia, num passe de mágica, ele amadurece, e percebe quem você realmente é, caso contrário, lembre que fruta que não amadurece, apodrece e anota no seu caderno, que algumas coisas a gente não perde, se livra.


Moral da história
"Mulher precisa de homem, e homem precisa de mulher. Meninos só precisam de uma mãe e um playstation."

12 de junho de 2012

Você não precisa de um namorado.



Já aconteceu com você, comigo, com a sua mãe, sua vizinha, sua professora, e até com a sua arqui-inimiga. No meio de uma crise de "ninguém me entede", naquela semana que você briga até com os móveis, ou então até mesmo naquela época que você estava impossível de controlar se é que você me entende, alguém disse aquela frase, que é o terror de algumas, o dilema de outras e pra mim, já se tornou frase padrão pra qualquer coisa de errado (ou não) que eu faça; desde quando eu quero ir à um show por semana, até quando esqueço a toalha molhada em cima da cama: "Você precisa arranjar um namorado!".


Ouvir essa frase, quando você tem seus 16 ou 17 anos, parece surreal, porque nós (ou a grande maioria) nascemos e vivemos sob aquele velho discurso dos nossos pais, avós e todos os parentes: "Você é muito nova pra namorar. Você precisa estudar!" O grande problema é quando isso vira assunto de todos os dias, todas as festas, de manhã, de tarde, de noite e ouso dizer que até dormindo, as pessoas sonhem com isso. Mas quando eu digo as pessoas, não falo das garotas "que precisam de um namorado" e sim das pessoas que acham que elas precisam.

Muitas vezes esse fator pesa na vida e no curriculum de várias garotas, principalmente quando o temido ou amado Dia dos Namorados (que inclusive é hoje) chega. Várias fotos de casais, presentes, chocolates, corações, frases apaixonadas e músicas românticas espalhadas pelas redes sociais e no "mundo real" vários casais indo ao cinema ou pra aquele restaurante romântico. Então, você olha pros lados e percebe que precisa cortar os pulsos, certo? Errado. Erradíssimo!

O erro começa desde o primeiro minuto e eu vou explicar os porquês. Começando pela análise da frase: "Você precisa arranjar um namorado."

1) O erro começa no verbo. Não que ninguém não precise de ninguém, mas o problema está em precisar arranjar. Precisar de uma pessoa que você tem e que você ama, é normal. Precisar procurar uma pessoa pra você ter e amar, pra mim, é loucura.

2) Namorado na minha humilde opinião é o ser que não simplesmente te beija, anda de mãos dadas, sai com você e muda status de relacionamento no Facebook. Namorado é o primeiro estágio de marido (no máximo de exagero que me cabe) e marido, é o segundo homem que a mulher mais ama no mundo. Logo, namorado não se arranja, se conquista, e a conquista, é um processo relativo. Há pessoas que se entregam pra conquista e em um mês, você "já a conhece" e dependendo do nível disso, você já sente o que pode acontecer. Já outras são misteriosas, mexem uma peça de cada vez e é preciso paciência pra juntar todas e terminar o quebra-cabeça..


3) "Um namorado" Mulher nenhuma que se preze precisa de "um" namorado. Esse "um" não soa como numeral e sim como um artigo indefinido, como se fosse preciso de "um cara qualquer" e eu sinceramente acredito que quando se trata de relacionamento, deveria ser regra de ortografia, usar artigo definido. Resumindo: Tem que ser "o" namorado. "O cara".

4) O problema é quando a frase faz efeito. Você arranja um namorado, nos primeiros dias você gosta, faz questão de dizer pra sua família inteira (ou não) e duas semanas depois você descobre que o cara é um completo idiota, infantil e desnecessário. Ou seja, você só perdeu seu tempo e agora tem mais um problema: sua família acha que você não é capaz de ficar um mês com alguém. Resumindo: vão achar que o único homem que te aguenta, é seu pai.

5) Saindo da análise sobre relacionamento e partindo pra uma coisa mais singular, o último e particularmente, o principal erro da frase, é simplesmente ela ser dita. As pessoas precisam começar a entender que nem todos os problemas de uma mulher, são ligados ao homem. Ok, 97% são, mas existem esses 3% e que você nunca sabe quando eles estão em jogo. Estudos estressam, trabalho estressa, família estressa e até amigos estressam. Mau humor nem sempre é falta de amor, é só falta de paciência pra lidar com o mundo e com as pessoas extremamente complicadas que nele habitam. Chorar com um filme romântico não significa que você esteja desesperada querendo alguém, pelo contrário, isso mostra que você é capaz de enxergar o verdadeiro significado de algo, mesmo isso não estando presente na sua vida. Não se peocupar pela falta de um namorado, não significa que você está fingindo que não se impota, mas realmente talvez essa não seja a sua prioridade. Afinal, nada contra quem vive em função do amor, desde que seja o amor-próprio.

A verdade é que existem mais 345 motivos pra você não surtar pela falta de um amor, portanto, se você está solteira e está lendo isso, não se desespere e se conforme, porque você vai continuar ouvindo essa frase até que você consiga um. Enquanto isso, viva a sua vida, se ame em primeiro lugar e incondicionalmente, porque se você não se amar, você não amará mais ninguém e tampouco permitirá que alguém saiba te amar também. Tenha em mente que você precisa ser e se fazer feliz, se realizar, estar satisfeita consigo mesma e não somente depender de que alguém faça. E quando alguém disser que você definitivamente precisa arranjar um namorado, você compra um gato persa de presente. Afinal, enquanto uns precisam de um namorado, outros precisam cuidar da vida alheia. Já que o gato tem 7, então que seja a dele!

Moral da história: "Não procure alguém que te complete. Complete a si mesmo e procure alguém que te transborde."

11 de junho de 2012

Passa e fica.



Desde pequena eu sempre quis fazer algo legal. Eu sempre achei (e acho) incrível esse tipo de pessoa que se mete a fazer algo diferente ou algo que foge das obrigações diárias. Lembro que naquela época, meu sonho era ser caixa de supermercado, e isso passou. Depois quis ser cantora, ter uma banda, e viajar o mundo inteiro em cima de um palco. Anos depois eu decidi que seria advogada ou juíza. Queria usar do meu suposto senso de justiça e da minha evidente capacidade argumentativa pra defender o que é certo ou o que eu acho que seja, mas isso pass.. não, não passou, mas isso é outra história. Profissões inconstantes à parte, listei diversas coisas "legais" que eu pretendia e pretendo fazer, algumas exigem tempo, outras disposição, e algumas, muita coragem. Aprender falar um idioma "não-clichê", aprender tocar bateria, saltar de paraquedas, viajar sozinha pra outro país estão são itens que eu pretendo riscar da lista antes dos 65 anos. Foi então que antes mesmo de decidir que coisas legais eu gostaria de aprender a fazer, eu sem querer, descobri que tinha uma coisa legal que eu sabia e gostava de fazer: escrever. Entre cartões de aniversário, redações escolares e pensamentos soltos, eu me descobri e algo finalmente ficou. Não que eu seja neta da Clarice Lispector e nem filha do Caio Fernando Abreu, mas de vez em quando eu acho que levo jeito pra coisa e há quem acredite nisso também. Talvez eles tenham razão, talvez não, vai saber? A única coisa que eu realmente sei é que se o meu objetivo era tentar fazer algo legal, aqui estou eu tentando. Espero que seja legal pra mim e pra você! Bem vindos à minha vida real. Bem vindos à minha vida fantasiada. Bem vindos às minhas opiniões, dúvidas e às minhas loucuras. Porque na vida, as coisas passam, mas como algo em tudo que passa, fica, eu espero que você passe e fique por aqui também.