7 de outubro de 2013

Tempos Modernos






Quando percebo o tamanho do mundo e o que muitos de nós somos, percebo o quanto a relação é desproporcional. Quando eu vejo a grandiosidade que ele é, comparado ao quanto alguns de nós somos pequenos, percebo que não merecemos estar aqui. 

O mundo tão grande, tão cheio de cores, tão cheio de vida e vivemos numa jaula preta e branca no fundo do poço escuro. Alguns escalando para ver a luz do sol, outros conformados com a vista negra da escuridão.

Dinheiro e poder são as palavras de ordem, são a motivação. Têm mais valor que o sol, mais valor que o vento e as folhas caindo no fim da tarde. E eu percebo que não vivemos, mas fingimos viver. Percebo que a vida é vivida no objetivo de construir a vida, mas nem percebemos que ela já está pronta há muito tempo. 


Sufoca. Cansa. Mata!

Passamos a vida inteira buscando a melhor maneira de viver, buscando as melhores coisas para se viver, e quando chega a hora de se viver, morremos. 
E tudo fica, menos nós. Que as pessoas queiram crescer na vida, e que cresçam, mas que não esqueçam de contemplar o pôr-do-sol. Que as pessoas trabalhem, mas que amem tanto, que não pareça trabalho e sim mais uma forma de diversão. Que as pessoas tenham carros, mas que saibam caminhar. Que tenham telefones de última geração, mas que saibam conversar olho no olho. Que sejam intensos. Que respirem o vento, que sintam um pouco mais do sol, que se permitam viver, e não somente existir. Que não percam suas vidas dentro de 4 paredes e em frente à uma tela. O mundo real não tem paredes, e o que se pode ver nele, nenhuma máquina pode reproduzir.

Moral da história: "Hoje o tempo voa, amor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir. E não há tempo que volte, amor, vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir."