9 de agosto de 2012

Doutor, uma dose de desapego, por favor.



Gostaria de começar esse post dizendo que sou à favor da venda de Desapego em cápsulas. Sim, é verdade! Simplesmente porque existem pessoas que só ingerindo esse remédio (ou nem assim) serão capazes de desapegar das coisas e pessoas desnecessárias que cercam suas vidas. É de deixar impressionado, como alguns tipos de pessoas não cansam de bater na mesma ferida e parecem gostar da dor que ela causa e eu me pergunto: por quê?

À exemplo disso, o velho dilema de pessoas que não aceitam o fim de um relacionamento e nesse processo de "não-aceitação" cometem as atitudes mais idiotas e mais absurdas. Seguir o/a ex namorado/a, ligar compulsivamente o dia inteiro, stalkear as redes sociais, adicionar o primo do tio do amigo do pai que aparentemente está á fim dele/a. Ou então quando decidem fazer pior: decidem atrapalhar o novo relacionamento que o parceiro se meteu. Cenas de choro, ofensas nas redes sociais, tentativas frustradas de reaproximação, ameaças e chantagens estão na lista de atitudes que geralmente são cometidas por tais.

Agora me expliquem: qual o fundamento de tudo isso? Qual o sentido de continuar sofrendo e implorando pelo amor de alguém que não te quer mais presente? Qual a dificuldade de aceitar que nem tudo é conto de fadas e que esse não era o seu momento? Ok, não sou uma carrasca e acredito que realmente seja complicado de aceitar e conviver com a sensação de perda, mas esse martírio não pode durar o resto da vida.

A palavra do momento é "desapego" sobre o amor, sobre se apaixonar e sobre ter alguém do seu lado, mas acredito que ela precisa de um "novo significado".

Você não tem que se desapegar do que pode te fazer feliz, por medo. Você tem é que se desapegar do que já te faz mal, por amor e respeito à si mesmo.


O grande problema das pessoas que costumam causar mal umas às outras, é que além disso, elas geralmente impedem outras que precisam e querem causar o bem e isso, embora não faça parte do auto-controle de quem sofre, é de um egoísmo sem tamanho.

Portanto, desapegue, desapegue sim! Mas desapegue do que te faz mal, do que te não te acrescenta, do que te diminui, do que te sufoca. E deixa o que te faz feliz, chegar e revestir.

Moral da história: "Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz e não volto!"