26 de junho de 2012

Feio é o seu preconceito.

"Mulher falando palavrão é feio!"
"Credo, você gosta de futebol?!"
"Você é louca? Quer seguir carreira policial?"
"Tatuagem é coisa de homem!"
"Filha, pipa e videogame são coisas de menino, viu?"

Algumas de vocês devem ter ouvido essa frase alguma vez na vida. Outros de vocês já devem ter dito essa frase pra alguém do sexo feminino (pelo menos 4 vezes na vida) e eu, venho por meio desta, vos lhe informar que essas frases são mais bregas que top verde com minissaia rosa e mais antiquadas que o vinho da santa ceia!
É meus caros, sabe aquela velha história de que "mulher é o sexo frágil"?
Pois bem, ela é tão velha, que já morreu e apesar da grande parte da sociedade não ter percebido, os tempos mudaram. Primeiramente porque mulher nunca foi o verdadeiro sexo frágil da história: cólicas, sangrar todo mês, ter que trabalhar o dia inteiro de salto alto, enfrentar o preconceito no trânsito, dor de parto, dor de cotovelo, dor de amor, TPM, problemas com a balança entre diversas outras neuras, já teriam enlouquecido e já teriam levado qualquer homem ao suicídio! Porque vamos e venhamos, alguns deles parecem estar à um passo da morte, quando na verdade, estão apenas resfriados. E mais do que isso, assim como a teoria do evolucionismo, nos ensinou que o homem veio do macaco, eu acredito que essa teoria não parou por aí. Existe um novo evolucionismo, só que dessa vez, o feminino. Aquele que permite que a mulher finalmente possa sair da sombra do homem e possa ser auto-suficiente, situação que já existe há muito tempo, só que poucos se deram conta. Se lembram de quando os pais decidiam com quem suas filhas iriam casar? Se lembram quando as mulheres não eram aceitas em diversos mercados de trabalho? Se lembram quando a mulher precisava se casar e ter um marido, para poder ser mãe? Não?! Pois bem. Essa realidade já não faz mais parte do nosso presente e a tendência é que ela mude cada vez mais. Hoje, mulheres casam quando querem (ou quando encontram um homem para tal, o que é difícil) tem filhos de produções independentes, moram sozinhas, se sustentam, e se assumem, mas ainda de uma forma um pouco convencional. Mulher na profissão de secretária é bem vista, mas por quê na de policial militar, não? Mulher que passa o domingo na cozinha, é a filha perfeita, mas por quê a que passa a tarde vendo o jogo na televisão, não? Mulher que tem um trabalho bom, é a esposa perfeita, mas por quê a que ganha mais que o marido, não? Tudo isso é uma grandississima e vergonhosa bobagem. Até onde eu saiba, em lugar nenhum está escrito que mulher pode ou não fazer alguma coisa, pelo contrário, o que mais vemos em todos os cantos é a luta contra o preconceito, seja ele do tipo que for. O problema é que por mais liberal que essa grande bola azul esteja, as coisas realmente importantes e que deveriam ser valorizadas, ainda tem uma resistência um pouco forte pra serem aceitas. Ainda é muito dificil pros nossos avós e parentes mais antigos, compreenderem que determinadas linhas de diferenças já foram ultrapassadas e que não existe mais "coisa de homem" ou "coisa de mulher", é difícil compreender o espaço e a liberdade que ambos conquistaram. O que existe agora é um grupo só, o grupo do "coisas de mentes abertas" onde mulheres podem trabalhar, homens podem cozinhar, mulheres podem ir ao estádio, homens podem ir às compras e ambos podem ter uma vida realizada e completa, sem precisar provar nada pra ninguém, apenas provando à si mesmos, o que podem e do que são capazes.

Moral da história:
“Não preciso de opiniões furadas sobre a minha vida, meu trabalho, meus amores, minha forma de conduzir as coisas. Eu tenho o meu jeito que, errado ou certo, é muito meu.”